terça-feira, 20 de março de 2018

Rússia é novo mercado para exportação de frutas pelo RN

Da redação
Com informações da TRIBUNA DO NORTE

A tradição na produção e exportação de frutas tropicais do Rio Grande do Norte para a Europa está ampliando as fronteiras neste início do ano: as mangas do Vale do Açu já são exportadas para a Rússia, confirmando a tendência de expansão verificada no ano passado. Somente nos dois primeiros meses de 2018 já foram comercializados 105,3 mil dólares em mangas, enquanto ao longo de todo o ano 2017 o total exportado foi de 184,2 mil dólares.
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O Rio Grande do Norte já ensaiou as exportações de algumas frutas (mamão, melancia e banana) em 2016 para o país-sede da próxima Copa do Mundo de futebol, mas parece ter encontrado com a venda de mangas um bom nicho de mercado comprador. O Brasil é o maior fornecedor de manga para a Rússia, considerada naquele país como a “mais popular das frutas exóticas”. 

O mercado de frutas russo é, segundo a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec), bastante promissor para os exportadores, visto que, as condições climáticas não favorecem a produção local. Atualmente, o país importa cerca de 70% das frutas consumidas, de acordo com pesquisa de mercado realizada pela Apexbrasil. Outra vantagem identificada neste novo mercado é que há empresas russas especializadas em importar produtos para redistribuí-los para países próximos, tais a Bielorússia ou a Ucrânia. Com isso, a venda de frutas para as empresas russas pode tornar-se uma porta de entrada para outros mercados da região. 

Atualmente, as exportações são realizadas pela Finoagro (do grupo Vicunha), sediada em Ipanguaçu, e com ampla tradição no mercado internacional da fruticultura. A empresa foi criada em 1986 com o nome Finobrasa, com foco no plantio de algodão e começou a produzir frutas para o mercado externo somente em 1998, especializando-se nesse segmento. 

Segundo o gerente de operações da Finoagro, Max de Aquino, o problema é que a Rússia demanda maiores desafios, tanto culturais como logísticos. “A logística, feita por meio marítimo, é suficiente, porém, não é a ideal, devido à demora no transporte”, afirmou. A participação da empresa na maior feira de frutas do mundo, a Fruitlogistic, em Berlim, ampliou a expectativa de novos negócios, mas, que esbarram em entraves alfandegários para a realização de exportações em volumes mais expressivos. 

Na avaliação da Sedec, o aumento das exportações de frutas para novos destinos, como a Rússia, contribuirá para a manutenção do saldo positivo da balança comercial do Rio Grande do Norte, afetado com as recentes restrições ao Brasil para a exportação de pescados.

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