quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Petrobras reajusta preço do gás de cozinha em 12,9%

Da redação com Tribuna do Norte
Por Ricardo AraújoEditor de Economia

O botijão de gás de cozinha de 13kg passará a custar, em média e a partir de hoje, R$ 75 na maioria das revendedoras do produto no Rio Grande do Norte. A Petrobras anunciou nesta terça-feira, 10, dentro da nova política de precificação do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) adotada desde junho passado, reajuste de 12,9% nas refinarias com reflexo de 15% de aumento no preço final cobrado ao consumidor. De junho até hoje, o custo do produto subiu 59,2% no estado, somadas revisões impostas pela Petrobras aos dois acréscimos feitos pela Secretaria Estadual de Tributação no Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final de Combustível (PMPF) este ano, que incide sobre o preço do botijão de gás doméstico e industrial.
Valor do botijão de 13kg, o mais consumido nos lares, deverá custar R$ 75 a partir de hoje no estado
Valor do botijão de 13kg, o mais consumido nos lares, deverá custar R$ 75 a partir de hoje no estado

“A estimativa é que o botijão de 13kg, o mais consumido, fique entre R$ 7 e R$ 8 mais caro. O reflexo desses constantes aumentos impostos pela Petrobras é a queda nas vendas do produto. Até o final deste ano, a expectativa é que o setor venda 15% menos. Será um impacto muito grande”, avaliou o presidente do Sindicato das Revendedoras Autorizadas de Gás Liquefeito do Rio Grande do Norte, Francisco Correia. Para ele, as revisões adotadas pela Petrobras com base no comportamento do mercado internacional de produção, cotação e venda do produto é “inconsequente e fora da realidade local”. “É um verdadeiro absurdo. Um absurdo muito grande. É surreal essa sucessão de aumentos”, declarou Francisco Correia.

No comunicado enviado à imprensa, a Petrobras justificou a revisão em decorrência da “variação das cotações do produto no mercado internacional”. A estatal declarou, ainda, que como a legislação brasileira “garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor”. Entretanto, os Sindicatos do setor confirmaram que não há como não ter reflexo no preço cobrado ao consumidor. Ele dependerá, contudo, de repasses por distribuidoras e revendedores, advertiu a Petrobras. 

A empresa destacou que o ajuste não tem incidência de tributos. Caso seja repassado integralmente aos preços ao consumidor final, a estimativa é que o preço do botijão de GLP P-13 suba em torno de 5,1%, em média, ou cerca de R$ 3,09 por botijão, informou a Petrobras. O último reajuste foi feito em 26 de setembro.

O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) calcula que o reajuste oscilará entre 7,8% e 15,4%, de acordo com o polo de suprimento. De acordo com a entidade, a correção aplicada não repassa integralmente a variação de preços do mercado internacional. Diante disso, o Sindigás estima o preço do produto para botijões até 13 quilos “ficará 6,08% abaixo da paridade de importação, o que inibe investimentos privados em infraestrutura no setor de abastecimento”. 

Combustíveis
Também nesta quarta-feira, 11, entram em vigor novos reajustes para diesel e gasolina. Para o diesel, o Grupo Executivo de Mercado e Preços da Petrobras estabeleceu queda de 0,2%, que se soma à redução de 1,3%, em vigência desde esta terça-feira, 10. Para a gasolina, foi estabelecida retração de 2,6%, após aumento de 1,5% que passou a vale a partir desta terça-feira, 10.

Aumentos acumulados
Veja abaixo os aumentos mais recentes impostos pela Petrobras:
à GLP doméstico (até 13kg)
6,7% 8 de junho
6,9% 5 de agosto
3,79% 5 de setembro (dissídio para funcionários das revendedoras no país)
12,2% 6 de setembro
6,9% 26 de setembro
12,9% 0 de outubro
Acumulado: 49,39%

à GLP industrial (botijões a partir de 20kg)
4,9% 20 de julho
7,2% 18 de agosto
2,5% 6 de setembro
7,9% 27 de setembro
Acumulado: 22,05%

Fonte: Petrobras

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